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05/03/2020 - Stone quer ser plataforma financeira completa para os clientes

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Por Valor Econômico | Finanças -  Flávia Furlan

 

Em 2020, a credenciadora de cartões Stone quer avançar em sua estratégia de se tornar uma plataforma financeira completa aos clientes, segundo disse o CEO, Thiago Piau, durante teleconferência com analistas. “Estamos escalando nossos serviços de software, banco digital e crédito”, disse o executivo.

Uma plataforma financeira em projeto piloto atingiu 10 mil clientes em janeiro. Já a solução de banco digital chegou a 79 mil contas abertas no primeiro mês do ano. Em crédito, a empresa atingiu um desembolso de mais de R$ 200 milhões para 28 mil clientes. Já em software, foram 135 mil clientes alcançados em dezembro do ano passado.

Na atividade de credenciamento, a Stone cresceu mais de 60% em novas adições de clientes em 26 dos 27 Estados em que está presente. A companhia estima em 8% sua participação nesse mercado em 2019, aumento de 2 pontos percentuais em relação ao ano anterior.

Piau disse que entre os pontos negativos de 2019 esteve o fato de não ter acelerado tanto os investimentos no primeiro semestre. Para este ano, prevê que isso possa ocorrer, o que pode ter algum impacto nas margens. “Vamos investir mais em 2020, principalmente no primeiro semestre”, disse.

Rafael Martins, diretor de relações com investidores da Stone, afirmou que talvez a companhia deixe a margem para crescer mais neste ano, “mas o comprometimento é em manter a margem no patamar da de 2019”.

Segundo o executivo, é esperado que o mercado de credenciamento continue competitivo como vinha ocorrendo até agora. Ele afirmou que a Stone está acompanhando a situação da China para o fornecimento de “maquininhas” para o negócio, uma vez que mantém fornecedores do país, mas que não espera impacto.

O presidente da Stone afirmou que outro ponto negativo para 2019 foi não ter escalado tanto as soluções de software para os clientes, uma vez que a Stone poderia ter sido mais ativa em negócios nessa área.

“Continuaremos a investir neste ano nas operações dos ‘hubs’, em treinamento do time, na plataforma financeira e em M&A em software”, afirmou Piau.

Em relação ao lançamento da marca TON, um negócio em parceria com a Globo Ventures para oferecer serviços a microempreendedores, Piau afirmou que houve um atraso do lançamento do quarto trimestre do ano passado para o primeiro trimestre deste ano.

“Teremos proposição de valor, que nesse mercado é muito importante”, disse o executivo. “Estamos com campanhas regionais, mas logo teremos nacionais”.

Segundo Piau, ainda é cedo para dizer quantos clientes podem ser conquistados nesse mercado, embora a companhia já tenha diferentes tipos de “maquininhas”, conta digital, pagamento de contas e cartão para “cash out”, e ainda deve incluir crédito, seguros e outras funcionalidades.

“O maior desafio aqui é ter o custo de aquisição dos grandes players, e essa parceria com o grupo Globo nos ajuda exatamente a escalar esse negócio”, disse.

Sobre o cenário regulador, Lia Matos, diretora de estratégia da Stone, disse que os pagamentos instantâneos serão mais uma opção para os clientes que a companhia deve oferecer.

Além disso, ela afirmou que novas regras para portabilidade de crédito e registro de recebíveis devem alavancar a oferta de crédito por parte da companhia para os seus clientes, num melhor ambiente competitivo frente aos incumbentes.

 

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