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12/07/2019 - Novatas de cartões apostam em programa de fidelidade

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VALOR ECONÔMICO

Por: Nathália Larghi

A ideia de permitir que um cliente contrate um cartão de crédito apenas por um aplicativo fez com que empresas de tecnologia financeira como Nubank e Trigg se popularizassem. Além da facilidade de resolver tudo de forma digital, as novatas apostam em programas de fidelidade, como o chamado "cashback". Mas será que esses benefícios valem a pena?

Segundo cálculos feitos pelo Valor Investe, para que o cashback compense o que o cliente gasta com anuidade, o gasto mensal que ele deve ter com esses cartões gira em torno de R$ 1,5 mil. "Então, é preciso fazer a conta. Dependendo dos seus hábitos de gasto, é preferível ter um cartão sem cashback, mas anuidade mais barata ou até isento", afirma o professor Cesar Caselani, da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O professor alerta que o consumidor precisa estar atento às regras do programa e à forma como vai receber a bonificação. "Se o dinheiro só for abatido na fatura do mês seguinte, isso incentiva que o cliente use novamente o cartão e, às vezes, ele nem está precisando usar o crédito naquele momento, mas acaba usando para aproveitar o cashback."

No caso do Nubank, os pontos acumulados só servem para "apagar" determinadas compras específicas do cartão de crédito. Ou seja, se o cliente acumulou 100 pontos, não pode usá-los para abater qualquer gasto, mas apenas aqueles já designados pela fintech, como restaurantes, passagens aéreas e lojas e empresas parceiras. "Se essas coisas não estão dentro do seu hábito de consumo, pode não fazer sentido ter o programa", diz Caselani.

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