19/10/2018 - Contexto
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O Banco Central abriu uma consulta pública neste ano propondo que as subcredenciadoras que movimentam acima de R$ 500 milhões em 12 meses se tornem credenciadoras, passando, assim, a ser supervisionadas pela autarquia. Pelas regras vigentes, são as bandeiras que supervisionam as subcredenciadoras, por contratos firmados entre as partes. "O BC cobra as bandeiras dessa responsabilidade, de forma a garantir o funcionamento eficiente e seguro do mercado", afirmou a autoridade, em nota. No entanto, segundo o Valor apurou, já foram registrados 14 casos de subcredenciadoras que quebraram, deixando de pagar comerciantes pelas compras feitas nas "maquininhas" oferecidas por elas, devido à má gestão. A conta acabou ficando com as credenciadoras às quais estavam ligadas. Foi daí que surgiu a nova consulta pública. Executivos consultados pelo Valor divergem sobre a proposta. Para uns, a medida pode trazer custos adicionais, já que a supervisão do BC impõe uma série de controles, e reduzir o retorno dos negócios. Outros acreditam que a proposta vai trazer mais segurança ao mercado. Por ora, desde setembro, as subcredenciadoras que movimentam volumes anuais acima de R$ 500 milhões são obrigadas a liquidar suas operações na Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP). Segundo o BC, 23 empresas já seguem a norma.