03/09/2018 - Assaí vai vender maquininhas de cartão com a marca ‘Passaí’
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VALOR
O Grupo Pão de Açúcar, por meio de sua operação de atacarejo da rede Assaí, começará a vender maquininhas de cartão de crédito e débito com a marca “Passaí”. Na próxima semana, começa a funcionar a venda do equipamento para clientes da rede que são pessoas jurídicas — o Assaí vende para bares, restaurantes, hotéis, entre outros.
O projeto piloto começa em uma loja na zona leste de São Paulo e, até o início de novembro, todas as 130 lojas do Assaí devem passar a comercializar o produto, disse nesta manhã o diretor financeiro da rede, José Marcelo Santos.
A empresa não informa os valores a serem cobrados pelo equipamento, que será vendido sem cobrança de aluguel. Informa apenas que isso será anunciado em breve e diz que a venda ocorrerá em 12 parcelas, como já é uma prática do mercado.
A FIC, financeira do Itaú parceira do GPA, deverá liderar o projeto ao lado do grupo. O Itaú já oferece outras opções no mercado, como a maquininha Pop Credicard, lançada em julho.
A empresa estuda a venda da maquininha para clientes fora do base do Assaí a partir do ano que vem. E também pode usar a marca Passaí para maquininhas a serem vendidas futuramente por outras redes do GPA.
Pelo modelo criado no Assaí pelo GPA e Itaú, haverá retorno do dinheiro gasto pelo cliente na maquininha para a própria conta da empresa. Funciona da seguinte forma: Há uma taxa de administração paga em cada operação de compra e venda que passa pela maquininha. No Passaí, 10% desta taxa retornará como crédito para o cliente usar em compras nas lojas do Assaí (chamado “cash back”). Essa taxa de administração está, em média, hoje entre 2,5% e 3,5% no mercado de varejo no país.
A rede do GPA arcará basicamente com custos de treinamento e do espaço para venda do equipamento nas lojas. Parte dos ganhos do Assaí virá do aumento nas vendas nas lojas de clientes que usarem os créditos do “cash back”. A FIC deve “bancar” esse custo do “cash back”.
“Queremos que esse cliente use os créditos na loja e que gere maior ‘fidelização’ dele na nossa base”, diz Santos. Os créditos terão validade de 36 meses. Pelo equipamento, poderá também ser feita recarga para celular.
Os equipamentos serão comprados no mercado pela FIC e vendidos aos clientes. Com isso, aumenta a concorrência no mercado de maquininhas, disputado por empresas como PagSeguro, Rede, Cielo, entre outras. “Há uma percepção que este já é um segmento tomado, mas não é verdade. Há muito cliente não bancarizado hoje que busca opções no mercado”, diz o diretor. O Assaí deve vender, inicialmente, duas opções de máquinas, uma mais simples e outra mais robusta.