16/10/2017 - Como escolher soluções de pagamento para pequenas e médias empresas do e-commerce?
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A vontade de ter o próprio negócio aliada à dificuldade de conseguir emprego e as facilidades para vender online têm impulsionado empreendedores a apostar cada vez mais no e–commerce. Segundo estudo realizado pela Bain & Company, estima-se um crescimento de 11% ao ano para o e–commerce brasileiro até 2019.
Entretanto, na hora de iniciar as atividades surgem muitas dúvidas. Entre um dos maiores questionamentos está: qual é a solução de pagamento mais adequada para a minha empresa?
Antes de responder a esta pergunta, é importante conhecer todas as possibilidades, uma vez que todas podem se ajustar a cada modelo de negócio, de acordo com a sua necessidade.
· Adquirente: são as empresas responsáveis pela comunicação entre as bandeiras de cartão de crédito e débito elojistas. A Cielo, por exemplo é uma adquirente. Independentemente da solução de pagamento escolhida, a transação passará pela adquirente para que ela faça esta parte do fluxo de pagamento.
· Gateway de pagamento: conecta a loja com as financeiras e adquirentes. Trocando em miúdos, é como se fosse a máquina que recebe o cartão para pagamento, mas neste caso o processo é efetuado totalmente online. Os gateways também possibilitam a realização de pagamento com boleto bancário, transferência entre contas e meios de pagamento alternativos, além de permitir a integração com ferramentas antifraude e de conciliação financeira para gerenciar as transações com maior precisão, como é o caso da Braspag. Segundo Gastão Mattos, “uma das principais vantagens do gateway é a ampliação da segurança e controle das transações, algo essencial para todos os tipos de lojas online. Além disso, uma vez integrado com um gateway, se o lojista decide mudar de adquirente ou banco, a integração técnica construída continua valendo”, explica.
· Subadquirente ou intermediária: engloba as atividades do gateway, além de análise de risco e conciliação financeira em uma mesma solução. Entretanto, o recebimento neste caso é realizado em nome da intermediária e não da loja, o que às vezes gera insegurança no consumidor na hora de fazer o pagamento. Aqui em geral, o diferencial da solução é a garantia da transação.
Como escolher?
Uma das tentações de quem está começando é escolher a solução de pagamento com as taxas mais baixas, “mas isso é um erro”, diz Mattos. “É preciso avaliar o perfil da loja virtual, tipo de consumidor, ticket médio e condições da operação econfrontar com os benefícios oferecidos por cada fornecedor e as necessidades do lojista. O cálculo de todos esses fatores vai determinar qual o tipo de solução de pagamento adequado”, conta. O executivo também dá outras dicas na hora de escolher:
· Perfil de consumidor
Se o público-alvo da loja costuma escolher um mesmo meio de pagamento, vale a pena investir primeiro em serviços que atendam bem a este perfil para começar. Entretanto, é importante ter em mente que quanto mais opções de pagamento, mais chances de aumentar o número de clientes.
· Atendimento
Escolha uma empresa que lhe atenda prontamente e entenda as necessidades do negócio, propondo soluções simples einovadoras. Lembre-se que este serviço será responsável pela entrada de dinheiro no seu fluxo de caixa.
· Serviços integrados
Soluções antifraude e de conciliação são fundamentais para garantir a segurança das transações e a organização financeira da operação. Sendo assim, observe se os serviços oferecidos neste sentido atendem às reais necessidades do negócio e se você possui equipe para acompanhar estes processos de acordo com a demanda. Se a loja está começando, muitas vezes vale contratar uma solução que englobe todos estes serviços. Mas quando o fluxo de compras cresce – o que consequentemente irá requerer aumento da equipe – investir numa integração mais robusta que ofereça relatórios gerenciais e checkout mais transparente será uma boa pedida.
“Seja qual for a solução escolhida, o e–commerce tem sido uma boa aposta para quem deseja criar seu negócio, mesmo com baixo investimento. O potencial de crescimento deste setor e a sua alta capacidade de ofertas, como mercados de nicho, sempre geram boas oportunidades”, afirma Mattos.