19/11/2015 - Linx e Cielo não chegam a acordo sobre joint venture
VoltarPor Gustavo Brigatto | De São Paulo | Valor Econômico
Em fato relevante divulgado ontem no fim do dia, a Linx, empresa brasileira de tecnologia para o varejo, informou que não chegou a um acordo com a Cielo para a formação de uma joint venture na área de pagamentos.
A intenção das companhias de formar essa sociedade havia sido informada em 2 de junho do ano passado. O objetivo era criar uma oferta conjunta que integrasse os softwares de gestão da Linx aos sistemas de pagamento da Cielo, oferecendo ao varejo produtos mais completos e com custo mais acessível.
O público-alvo seria redes varejistas de pequeno e médio porte, com até cinco lojas e receita inferior a R$ 2 bilhões. Na base atual da Cielo, cerca de 1 milhão estão nesse corte. A união ajudaria a companhia a se proteger do avanço do Santander e da Rede nesse segmento. No começo do ano, a Rede anunciou um acordo com a Totvs para oferecer um produto semelhante ao que a Linx e a Cielo pretendiam fazer, o Fly01. Em agosto, a Totvs anunciou a compra da Bematech, que também atua no segmento do varejo.
Na teleconferência sobre os resultados do 3º trimestre, há duas semanas, Dennis Herszkowicz, vice-presidente financeiro e de relações com investidores da Linx, disse que as negociações com a Cielo haviam avançado e estavam indo bem, mas que ainda não havia um acordo formalizando para a criação da nova empresa.
"Após meses de negociações não foi possível às partes chegarem a um entendimento mutuamente satisfatório em relação a pontos essenciais da transação. Portanto, a Companhia não celebrará com a Cielo S.A. um acordo para estruturação de uma joint venture", disse a Linx em comunicado à CVM. No documento, a companhia de software também disse que ainda enxerga oportunidade nesse mercado, por isso continuará a analisar formatos para atendê-lo.