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19/11/2014 - Fundo compra empresa de cartão Conductor

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Por Felipe Marques | De São Paulo | Valor Econômico

O fundo de private equity Riverwood, que compra de participações em empresas de tecnologia, adquiriu a processadora de cartões Conductor. As empresas não divulgaram o valor da transação. Fundada em 1991, a Conductor se especializou em processar cartões emitidos por varejistas. A empresa vai encerrar o ano com 44 emissores clientes, sendo 90% do varejo, e uma base de 15 milhões de cartões.

Na cadeia de meios de pagamento, a processadora serve como uma espécie de extensão da área de tecnologia do banco emissor. Outros nomes desse segmento incluem a Fidelity do Brasil (FIS), que processa os cartões do Bradesco, a CSU Cardsystem e a Orbitall. Embora os clientes das processadoras sejam normalmente os bancos, a concentração bancária no Brasil fez com que elas apostassem em outros emissores de cartão para crescer, como varejo e pré-pagos.

"A Conductor pode servir como um veículo de consolidação e de expansão das ofertas e produtos de tecnologia ao varejo", afirma Joaquim Lima, diretor-executivo da Riverwood Capital no Brasil e América Latina. Segundo Lima, a empresa negocia aquisições que podem acelerar lançamento de novas ferramentas. A aquisição mais recente da Conductor foi em 2013, quando pagou R$ 1,5 milhão pela operação de processamento de cartões da Linx, que fornece sistemas ao varejo.

A lista de produtos que a Conductor pretende lançar nos próximos meses inclui tecnologias para comércio eletrônico, de conciliação de contas no varejo, de processamento de cartões pré pagos e ferramentas para análise de concessão de crédito no comércio. "Ainda há no Brasil um varejo grande e regional carente de oferta de produtos financeiros", afirma Antonio Soares, presidente da Conductor. A processadora tem entre os clientes a Camisaria Colombo, com cerca de 400 lojas, e a Lojas Avenida, com sede em Cuiabá e 140 lojas.

Segundo Soares, dos 15 milhões de cartões processados pela Conductor, 6,8 milhões são considerados ativos, ou seja, com pelo menos uma transação nos últimos seis meses. Em média, a companhia envia cerca de dois milhões de extratos aos seus clientes mensalmente, número que quer elevar para 3,5 milhões. O extrato mensal sinaliza a utilização do cartão naquele mês. Já a base total de cartões deve crescer 30% no ano que vem.

Na nova estrutura acionária da Conductor, a Riverwood passa a ser controladora da empresa e os antigos sócios mantêm alguma participação, incluindo o presidente da empresa. A Riverwood não informa a participação total que passou a deter na Conductor. Parte da fatia comprada pela Riverwood foi adquirida de outro fundo, o TMG. No Brasil, a Riverwood já investiu na Pixeon, de tecnologia médica, e na Mandic, também de tecnologia.

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