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20/09/2024 - Metade dos lojistas acha que ‘maquininha’ deixará de existir

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Por: Valor Econômico

 

Cerca de 53% dos varejistas brasileiros acham que a “maquininha” tradicional de cartão, no formato físico, vai deixar de existir. O dado é de pesquisa conduzida pela Cielo em parceria com a Expertise/Opinion Box, e antecipada ao Valor.

Dos participantes, 12% acreditam que isso já acontecerá nos próximos dois anos, 16% acham que a extinção ocorrerá em até cinco anos e 17%, em mais que cinco anos. Outros 9% acham que o terminal deixará de existir, mas não sabem dizer em quanto tempo.

“A maquininha como a gente enxerga hoje tende mesmo a desaparecer. O surgimento de novas tecnologias vai contribuir com essa mudança de realidade”, diz o presidente da Cielo, Estanislau Bassols.

Ele cita, por exemplo, que, nos estabelecimentos comerciais de menor porte, tecnologias como o link de pagamento e o “tap on phone”, que permite que o lojista aceite pagamentos utilizando o celular no lugar do terminal estão ganhando cada vez mais espaço. “Outra variável que influencia o cenário para pagamentos no Brasil é o uso muito intenso de smartphones e das redes sociais.”

De acordo com a pesquisa, 78% dos entrevistados já ouviram falar da tecnologia de “tap on phone”. Desses, 58% têm a intenção de utilizá-la - 20% imaginam substituir totalmente a maquininha e 38%, usar as duas opções. Não há dados sobre quantos lojistas já utilizam o recurso atualmente, mas, de acordo com Bassols, a expectativa é de adoção crescente.

O presidente da Cielo afirmou ainda que a credenciadora vem investindo na melhoria da jornada do cliente com o link de pagamento, por meio, por exemplo, da integração com carteiras digitais e com o próprio Click to Pay, carteira capitaneada pelas bandeiras que foi lançada oficialmente neste ano no país.

A pesquisa foi feita com 205 lojistas de todas as regiões. O estudo foi realizado entre 31 de julho e 6 de agosto e tem margem de erro de até 6,9 pontos percentuais.

Bassols vê ainda potencial de expandir a utilização dos chamados “terminais inteligentes”, que trazem outras funções integradas na maquininha, como de emissão de nota fiscal e gestão de estoque.

De acordo com a pesquisa, só 21% dos estabelecimentos usam o recurso. Nesse grupo, 29% dizem que o principal atributo do equipamento é a praticidade para emitir notas fiscais. As possibilidades de integração com outros aplicativos e de gestão de estoque foram mencionadas por 28% e 26% dos entrevistados, respectivamente. Ao todo, 66% dos participantes não aderiram aos terminais inteligentes e 13% nem conhecem a opção.

“A maquininha também vem sendo ressignificada”, diz o executivo. “Os terminais inteligentes ainda estão muito abaixo do seu potencial de uso. Hoje, eles estão mais utilizados por clientes maiores ou menores de nichos específicos, como restaurantes.”

A pesquisa mostra ainda que 93% dos entrevistados acreditam que os pagamentos com biometria vão se popularizar em dez anos. Para eles, a segurança é seu principal atributo. Dos participantes, 34% acham que essas opções substituirão completamente a maquininha, enquanto 59% acham que as opções eram coexistir.

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