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09/01/2024 - Getnet leva pagamento via Pix a ‘maquininhas’ de lojistas no Uruguai

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Mariana Ribeiro | Valor Econômico

O Pix passará a ser oferecido como opção de pagamento nas “maquininhas” da Getnet no Uruguai. A credenciadora, do grupo Santander, fechou parceria com a brasileira PagBrasil e com a uruguaia Plexo para disponibilizar o meio de pagamento aos lojistas locais. A oferta começará pelos destinos mais procurados pelos brasileiros, como Punta del Este, e depois será expandida.
 
A opção estará disponível nas mais de 15 mil maquininhas da Getnet no Uruguai e caberá ao estabelecimento comercial decidir se quer ou não disponibilizar o instrumento de pagamento instantâneo brasileiro. As empresas afirmam que o Pix oferece custos menores para lojistas e consumidores e tem potencial de alavancar as vendas.
 
De acordo com Hernán Gomez, CEO da Getnet Uruguay, a credenciadora realizou uma análise de abordagem de mercado e concluiu que a atuação via parceria permitiria unir a experiência local com conhecimento do funcionamento do Pix. “Isso somado à capacidade de distribuição da Getnet no Uruguai configura uma fórmula imbatível de inovação e atendimento ao cliente”, diz, em nota.
 
O projeto de Pix Internacional ainda é um item mais distante na agenda evolutiva do Banco Central, sem previsão de lançamento. Ainda assim, já são observadas diferentes iniciativas individuais que permitem que lojistas de outros países aceitem o instrumento. A PagBrasil é uma das empresas que trabalham nessa frente. Segundo Alex Hoffmann, CEO e cofundador da companhia, os trabalhos estão mais avançados hoje no Uruguai, Argentina, Chile e México, embora haja tratativas em andamento também em países da Europa.
 
A PagBrasil entrou no Uruguai atuando de forma individual, mas, agora, também está priorizando as parcerias, diz Hoffmann. O modelo ajuda na parte comercial e também no cumprimento de processos burocráticos e regulatórios. No Uruguai, por exemplo, a devolução do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) para turistas, que inicialmente só valia para cartões, passou a abranger também o Pix. “É muito mais fácil operacionalizar isso com um parceiro local”, afirma o CEO.
 
Nesta temporada de verão, as empresas irão concentrar esforços em Punta del Este para depois seguir para outros destinos, diz Conrado Armand Ugon, CEO da plataforma uruguaia de pagamentos eletrônicos Plexo.
 
“O que aprendemos em todos os mercados de turismo é que, com poucos estabelecimentos por região, algumas centenas, conseguimos atingir mais de 95% dos turistas brasileiros”, acrescenta Hoffmann. A estratégia comercial é focada em duas frentes: uma voltada a grandes hotéis e restaurantes frequentados por brasileiros e outra a pequenos estabelecimentos.
 
O pagamento na maquininha se dá via leitura do QR Code. A conversão de moeda acontece em tempo real, com cobrança de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 0,38%. No cartão de crédito, o imposto está hoje em 4,38%. Já os comerciantes recebem o valor em dólares, com a opção de trocá-lo por pesos. Mesmo com três empresas envolvidas no processo, as companhias afirmam que a aceitação será menos custosa para o estabelecimento comercial do que a de cartão. “É mais barato para o comprador e também para o lojista, porque a taxa de desconto, o MDR, é muito menor”, acrescenta Ugon.
 
Há outros projetos de disponibilização do Pix em andamento no Uruguai e, segundo a Plexo, em breve metade das maquininhas do país contará com essa opção.

 

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