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18/07/2023 - Itaú instala o primeiro ‘nó’ da rede do real digital

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Ricardo Bomfim | Valor Econômico

O Itaú instalou o primeiro nó (“node”) validador da blockchain do real digital e agora começará os testes de tokenização do real. Nesta primeira etapa, os participantes do projeto piloto irão criar tokens para simular transações e verificar se a rede escolhida pelo Banco Central, a Hyperledger Besu, será capaz de oferecer escalabilidade, interoperabilidade, segurança e privacidade para criar a versão cripto da moeda soberana brasileira.
 
Segundo Guto Antunes, head do Itaú Digital Assets, o fato de o banco ter sido o primeiro entre as 16 instituições e consórcios aprovados para desenvolver o real digital demonstra comprometimento em liderar o projeto para que saia o mais rápido possível. “Agora poderemos mergulhar nos testes dos contratos inteligentes que serão gerados nos nós. Vamos primeiramente mintar [criar na blockchain] o real digital e o real tokenizado de depósitos bancários. A partir daí realizaremos transferências e resgates junto com as instituições nos demais nós”, explica.
 
Nesta primeira fase ainda não serão tirados reais da economia para lastrear os tokens, pois ainda é uma etapa de testes na qual são verificados os limites da rede escolhida e das soluções dos participantes. Caso a Hyperledger Besu se mostre uma solução eficaz para cumprir com os requisitos impostos pelo BC e as instituições consigam desenvolver o  real digital a contento com suas próprias propostas tecnológicas, aí sim se passará para uma parte prática de construção da infraestrutura.
 
Antunes espera que os outros participantes também instalem seus nós em breve para que possa ser testada a interoperabilidade entre os sistemas de cada instituição financeira ou de pagamento que participa do real digital. “Antes só podíamos fazer inferências. A partir desta fase deixamos de achar e teremos dados para falar sobre a viabilidade do projeto.”
 
Entre os outros agentes, o Bradesco está trabalhando para subir seu nó nos próximos dias. Os consórcios liderados por MB (junto com Mastercard, Cerc e Sinqia) e Banco Inter (junto com Microsoft e 7Comm) ainda não instalaram seus “nodes”, mas dizem que já estão testando a tecnologia. O Nubank afirma que desde que foi selecionado contratou mais pessoas para perto do projeto e está preparando sua infraestrutura para conectar-se à rede como um nó em breve.
 
O prazo para finalizar este processo da instalação dos nós acaba em setembro pelo calendário de implementação do real digital. Os demais membros do piloto do real digital são Santander (com Santander Asset, F1RST e Toro), Tecban (com Basa, Pinbank, Dinamo, Cresol, Banco Arbi, Ntokens, Clear Sale, Foxbit, CPqD, AWS e Parfin), SFCoop (Ailos, Cresol, Sicoob, Sicredi e Unicred), XP (com Visa), Banco BV, BTG, Banco ABC (com Hamsa e LoopiPay), B3, ABBC, Banco do Brasil e Caixa (com Microsoft e Elo).
 
Recentemente, o Itaú expôs que a estratégia da sua área de Digital Assets seria priorizar o desenvolvimento do real digital antes de lançar seus próprios produtos financeiros tokenizados.

 

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