17/01/2023 - PagSeguro e will bank cortam funcionários em meio a onda de demissões no mundo da tecnologia
VoltarPor Mariana Ribeiro | Valor Econômico
Em meio a demissões em massa realizadas por empresas ligadas ao setor de tecnologia, agora foi a vez de PagSeguro e will bank desligarem profissionais. Ex-funcionários estão usando hoje as redes sociais para falar sobre os cortes.
Em nota, a PagSeguro afirmou que está implementando uma redução de 7% de seus profissionais. A companhia diz que, “assim como empresas de tecnologia e fintechs no Brasil e no mundo”, também está fazendo “alguns ajustes em sua estrutura”.
“Após anos de crescimento contínuo do nosso time, estamos implementando redução de cerca de 7% do total de profissionais, de diversas áreas, com o objetivo de melhorar a eficiência da companhia”, afirma.
“O PagBank PagSeguro continua empenhado em sua missão de democratizar o acesso a serviços financeiros e soluções de pagamento no Brasil, oferecendo um ecossistema simples, seguro, acessível e digital a comerciantes e consumidores”, acrescenta.
O will bank afirmou em nota que é uma empresa “em constante evolução” e que as movimentações em suas estruturas “fazem parte da natureza de seu negócio”. O banco digital acrescenta que “segue com o número de 1.400 colaboradores, espalhados em diversas partes do Brasil e do mundo”. “No momento, existem 75 vagas abertas nos times de Tech, Dados, Customer Experience (CX), além das áreas corporativa e de produtos.”
O will bank não respondeu aos questionamentos do Valor sobre o tamanho do corte. Segundo relatos de funcionários, o movimento vem ocorrendo desde o final do ano passado e atinge diferentes áreas.
Em dezembro, Nubank e XP também demitiram. As companhias não revelaram os números de colaboradores afetados, mas nos bastidores se falava em algumas centenas.
Como mostrou o Valor, em um ambiente de aumento dos juros, o cenário de crescimento traçado pelas fintechs mudou profundamente em 2022. No ano passado, sete instituições analisadas – Nubank, XP, PagSeguro, Stone, Inter, Pan e Méliuz – perderam juntas US$ 42,6 bilhões em valor de mercado.
