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03/11/2022 - Rainha das maquininhas? Cielo (CIEL3) cresce pelo quinto trimestre consecutivo e lidera a ‘lista de ouro’ da bolsa brasileira; entenda

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Por Maria Nogueira | Money Times

Cielo (CIEL3) já tinha virado uma “queridinha” dos investidores brasileiros ao apresentar a maior alta da bolsa brasileira em 2022. Desde o começo do ano, suas ações subiram mais de 170%. Agora, seu balanço do 3º trimestre (3T22) vem para reforçar o que já parecia estar claro: a empresa é uma das grandes oportunidades “dando sopa” na B3 (mas não a única). 

Nesta segunda-feira (31), após o fechamento do mercado, a adquirente anunciou seu melhor resultado desde o 2T19, marcando o quinto trimestre consecutivo de crescimento na base anual. 

Entre os dados mais notáveis no balanço da companhia, estão:

  • Lucro líquido recorrente de R$ 422 milhões – avanço de 99% em relação ao mesmo período do ano passado;
  • Pagamento de R$ 148,8 milhões em juros sobre o capital próprio (JCP), que são os “dividendos” distribuídos antes da apuração do lucro;
  • Volume total de pagamentos (métrica importante para as adquirentes) de R$ 221 bilhões – alta de 23,1% em relação ao 3T21;

Na opinião da analista Larissa Quaresma, da Empiricus Research, “esse resultado reforça a recuperação da Cielo em direção a uma operação mais sadia e sustentável.”

Enquanto isso, nas bolsas americanas, suas principais concorrentes Stone PagSeguro vivem um verdadeiro “pesadelo”, impactadas pela inflação e pela alta dos juros, assim como várias outras empresas de tecnologia. 

No acumulado do ano, seus BDRs (recibos de ações estrangeiras listados na bolsa brasileira) STOC31 e PAGS34 caem 50% e 55%, respectivamente. 

Mas, então, se empresas com negócios parecidos estão sofrendo tanto, o que explica o balanço admirável de CIEL3?

Cielo se recuperando

Segundo a Cielo, o resultado foi impulsionado pela sólida melhora nos fundamentos operacionais. 

De forma geral, pode-se dizer que houve uma economia proporcional de custos e despesas, que cresceram abaixo da receita, em razão dos menores subsídios dados aos clientes na venda de maquininhas, além de melhorias logísticas que diminuíram as perdas de terminais. 

Não por acaso, seu EBITDA refletiu isso: cresceu 45% em relação em 3T21, atingindo 1 bilhão de reais. 

Essa recuperação da Cielo vem depois de um período bem crítico para a companhia, quando foi quebrada a exclusividade entre bandeiras e credenciadoras e suas concorrentes novatas e digitais conquistaram bastante participação de mercado. 

Ainda que um cenário de dominância completa da Cielo seja impensável hoje em dia, a grande capilaridade e base de clientes são ativos importantes e estratégicos para a empresa – e não podem ser ignorados. 

É importante ressaltar também que a companhia tem o respaldo de importantes players: juntos, o Bradesco e o Banco do Brasil detêm a maior parte das ações. 

Os bons resultados da empresa de maquininhas e sua valorização notável neste ano com certeza chamam a atenção dos investidores para as ações de CIEL3. É por esse e outros motivos que ela  é considerada uma das “oportunidades de uma vida” na bolsa brasileira. 

Mas, como já dito, ela não é a única

Na verdade, a Cielo faz parte de uma “lista de ouro” da bolsa brasileira, que reúne as empresas com maior potencial de valorização no médio a longo prazo. 

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