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16/07/2020 - J.P. Morgan faz aporte em fintech de pagamentos brasileira FitBank

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Por Valor Econômico | Flávia Furlan 

 

O banco americano J.P. Morgan fez um aporte na fintech brasileira FitBank, em seu primeiro investimento estratégico na indústria de pagamentos da América Latina. Os recursos serão usados para ampliação do portfólio de produtos e expansão internacional da fintech que tem a ambição de se tornar uma “big tech financeira”. O valor da transação não foi revelado.

Fundado em 2015, o FitBank desenvolveu uma plataforma de gestão de pagamentos “white label”. Dessa forma, bancos, fintechs, fundos de investimento e varejistas podem oferecer para seus clientes conta digital e serviços financeiros, usando a tecnologia da empresa, mas com sua marca própria. Foram abertas até o momento 180 mil contas para 96 clientes, transacionando R$ 1 bilhão por mês.

“O acordo envolve o aporte na operação, o desenvolvimento de novos produtos, ‘cross selling’ com outras áreas do banco e a expansão internacional, em um primeiro momento para a América Latina”, diz João Chacha, membro do conselho de administração do FitBank. O início das operações na região deve ocorrer a partir do primeiro semestre de 2021.

As negociações se estenderam por oito meses e resultaram em uma participação minoritária. O aporte foi realizado por um veículo de investimentos estratégicos do banco nos Estados Unidos, com os recursos direcionados para a operação do FitBank. Como parte do investimento, o J.P. Morgan adquiriu um assento no conselho que será ocupado por Renata Vilanova Lobo, diretora de pagamentos para clientes do atacado.

Essa é a terceira rodada de investimentos da fintech. Os fundadores Rener Menezes, Otávio Farah e Mauricio Zaragoza conseguiram atrair em 2016 o trio de ex-sócios da XP Marcelo Maisonnave, Eduardo Glitz e Pedro Englert. Em outra rodada em 2018, trouxeram João Chacha e Alejandro Vollbrechthausen, ex-executivos do Goldman Sachs, que agora fazem parte do conselho de administração.

O FitBank poderá ser acionado pelos clientes da área de atacado do J.P. Morgan para desenvolvimento de novos produtos, tanto no Brasil quanto no exterior, como um braço para soluções de pagamentos. “Nós temos uma capacidade de desenvolvimento de produtos grande e rápida, e eles têm uma geração de negócios que é brutal”, explica Otávio Farah, CEO do FitBank.

O FitBank quer se posicionar como uma ‘fintech das fintechs’. “Partimos do entendimento de que a tecnologia tem de ser livre, para que possa ser usada a partir da nuvem e por APIs, para facilitar o dia a dia das empresas e dos consumidores”, afirmou Rener Menezes, sócio responsável pela área de tecnologia da empresa. O FitBank aguarda a licença de instituição de pagamento do Banco Central (BC).

 

 

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