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17/01/2020 - Cielo e Oi: o salto sem o paraquedas reserva

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De Valor Investe - Blog do André Rocha

 

O que é uma tese de investimento?

A recomendação para a compra de uma ação precisa ter uma tese de investimento que a suporte. Em outras palavras, o analista precisa indicar os motivos que justifiquem a compra. Geralmente, o profissional conclui que o mercado está exagerando no pessimismo em relação ao futuro operacional da empresa, por exemplo. Fazendo contas, percebe que o valor justo medido pelo fluxo de caixa descontado é muito superior ao preço de mercado da ação.

 

A tese de investimento baseada em eventos

Outras vezes, o analista acredita que um “evento” como o fechamento de capital ou a venda da empresa para um concorrente tende a ser efetivada a um preço superior à cotação. Essa estratégia de investimento é conhecida como “event driven” (algo como “orientada por eventos”). Uma pequena fuçada no #fintwit mostra que algumas recomendações se baseiam basicamente na possibilidade da ocorrência de eventos ainda não precificados pelo mercado. A credenciadora de cartões Cielo (CIEL3) e a telefônica Oi (OIBR3) são, no momento, exemplos dessa estratégia. Mas, antes de se animar: cuidado!

 

Vale a pena comprar uma ação na expectativa de um evento? Dois casos de sucesso: Telecom e Fibria

Por pelo menos duas vezes, vi como a estratégia “event driven” pode trazer resultados significativos. No início dos anos 2000, trabalhava em uma gestora, cujo principal fundo alocava cerca de 50% dos recursos em ações das operadoras estaduais de telecomunicações. O racional da aplicação era que haveria uma consolidação do setor e essas ações ilíquidas seriam incorporadas por empresas maiores como Telerj e Telepar. Essa operação era incerta e fora da alçada da asset. Ela dependia da decisão dos controladores e não do gestor da asset. Logo, só investimos porque as companhias eram rentáveis e os papéis negociavam a múltiplos baixos, bem inferiores ao valor patrimonial. Sabíamos ainda que o preço mínimo a ser oferecido por nossas ações no caso da incorporação deveria ser no mínimo o patrimonial. Assim, a consolidação (o “evento”) era o que mirávamos, mas caso não ocorresse continuaríamos com boas ações a preços atrativos. O evento era o "plus" da tese de investimento. Felizmente, a consolidação aconteceu e o fundo de ações dessa gestora foi o segundo mais rentável do país entre 1998 e 2001, ficando à frente de casas reconhecidas como a Dynamo.

 

O que é uma tese de investimento?

A recomendação para a compra de uma ação precisa ter uma tese de investimento que a suporte. Em outras palavras, o analista precisa indicar os motivos que justifiquem a compra. Geralmente, o profissional conclui que o mercado está exagerando no pessimismo em relação ao futuro operacional da empresa, por exemplo. Fazendo contas, percebe que o valor justo medido pelo fluxo de caixa descontado é muito superior ao preço de mercado da ação.

 

A tese de investimento baseada em eventos

Outras vezes, o analista acredita que um “evento” como o fechamento de capital ou a venda da empresa para um concorrente tende a ser efetivada a um preço superior à cotação. Essa estratégia de investimento é conhecida como “event driven” (algo como “orientada por eventos”). Uma pequena fuçada no #fintwit mostra que algumas recomendações se baseiam basicamente na possibilidade da ocorrência de eventos ainda não precificados pelo mercado. A credenciadora de cartões Cielo (CIEL3) e a telefônica Oi (OIBR3) são, no momento, exemplos dessa estratégia. Mas, antes de se animar: cuidado!

 

Vale a pena comprar uma ação na expectativa de um evento? Dois casos de sucesso: Telecom e Fibria

Por pelo menos duas vezes, vi como a estratégia “event driven” pode trazer resultados significativos. No início dos anos 2000, trabalhava em uma gestora, cujo principal fundo alocava cerca de 50% dos recursos em ações das operadoras estaduais de telecomunicações. O racional da aplicação era que haveria uma consolidação do setor e essas ações ilíquidas seriam incorporadas por empresas maiores como Telerj e Telepar. Essa operação era incerta e fora da alçada da asset. Ela dependia da decisão dos controladores e não do gestor da asset. Logo, só investimos porque as companhias eram rentáveis e os papéis negociavam a múltiplos baixos, bem inferiores ao valor patrimonial. Sabíamos ainda que o preço mínimo a ser oferecido por nossas ações no caso da incorporação deveria ser no mínimo o patrimonial. Assim, a consolidação (o “evento”) era o que mirávamos, mas caso não ocorresse continuaríamos com boas ações a preços atrativos. O evento era o "plus" da tese de investimento. Felizmente, a consolidação aconteceu e o fundo de ações dessa gestora foi o segundo mais rentável do país entre 1998 e 2001, ficando à frente de casas reconhecidas como a Dynamo.

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