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10/12/2018 - Para Mastercard, debate sobre verticalização perdeu sentido

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As mudanças promovidas pelo Banco Central na regulamentação do setor de meios de pagamento ao longo dos últimos anos trouxeram uma maior competição a esse mercado, com a entrada de novas bandeiras, emissores e credenciadores. Nesse ambiente concorrencial mais pujante, não faz mais sentido o debate sobre o fim da verticalização, na opinião do presidente da bandeira Mastercard no Brasil, João Pedro Paro Neto. "Há mais de 250 credenciadores ou subcredenciadores e cerca de 20 grandes bandeiras no país", afirmou o executivo ontem a jornalistas. "Todos os serviços são abertos e competitivos, o que significa que esse debate está defasado."

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou na terça-feira o relatório do senador Armando Monteiro (PTB-PE) com propostas para reduzir os juros no país, sendo uma delas proibir a verticalização do segmento de meios de pagamento.

No dia seguinte, com base no material, o tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decidiu abrir investigação sobre práticas anticompetitivas no mercado de meios de pagamento.

De maneira geral, o fim da verticalização significaria eliminar a possibilidade de um mesmo conglomerado financeiro controlar a bandeira do cartão, a emissão dos plásticos e o credenciamento dos estabelecimentos. De acordo com o presidente da Mastercard, a competição no setor de meios de pagamento hoje é tamanha que as empresas estão reduzindo as margens para atrair mais clientes, um movimento mais identificado entre os credenciadores de lojistas.

Diante da forte concorrência, Paro Neto enxerga que as "maquininhas" vão perder valor ao lojista, e as empresas vão ter de agregar cada vez mais serviços. "Hoje, o comerciante pode escolher onde vai travar o recebível de suas operações com cartão, enquanto no passado era mais limitado", disse Paro Neto.

A Mastercard estima que, em 2019, o mercado deva atingir R$ 2 trilhões em volume movimentado em cartões de crédito, débito e pré-pagos, ante R$ 1,6 trilhão aguardado para este ano.

Em número de transações, o montante em 2019 deve ser 17% superior ao deste ano, que ficará em torno de 14 bilhões de operações. O alcance de cartões nos pagamentos dos consumidores brasileiros é de 35%, mas a meta do setor firmada junto ao BC é de atingir 60% no prazo de cinco anos.

 

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