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03/12/2018 - Uso de app e cartões vira regra no transporte

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Por: Marcus Lopes 
 

Do bilhete único para o ônibus e o metrô aos aplicativos para corridas de táxi, as pessoas utilizam cada vez menos dinheiro vivo para pagar os meios de transporte. Entre as vantagens apontadas estão a maior segurança de usuários e operadores, maior agilidade no embarque e melhor controle da arrecadação da tarifa. Por outro lado, algumas profissões, como a de cobrador de ônibus, correm o risco de serem extintas.

Em São Paulo, apenas 5% das viagens feitas pelos passageiros no sistema de ônibus são pagas em dinheiro, segundo dados da São Paulo Transporte S. A. (SPTrans). O restante é por meio de bilhetagem eletrônica. Diariamente, dez milhões de passageiros são transportados em ônibus na capital paulista. A meta, segundo a prefeitura, é que 100% das passagens de ônibus sejam pagas eletronicamente.

Entre as vantagens do Bilhete Único apontadas pela SPTrans estão as transferências de um ônibus para outro sem a necessidade de terminais de integração e a possibilidade de fazer várias viagens pagando apenas uma passagem. O embarque dos passageiros é mais rápido e, em consequência, os veículos conseguem circular mais quilômetros em menos tempo.

"O avanço tecnológico transformou todo o sistema de transporte público no Brasil e no mundo, pois permitiu a melhor utilização e maior eficiência em todas as etapas de prestação dos serviços", diz o presidente executivo da Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano (NTU), Otavio Cunha. Segundo ele, uma das principais vantagens do pagamento eletrônico é a segurança, tanto para o passageiro como para as empresas e o poder público. Além disso, o usuário consegue planejar melhor suas viagens, já que tem acesso ao saldo de créditos.

Para o poder público, o sistema pode ser utilizado como instrumento de gestão, pois permite o controle mais eficiente dos embarques em todas as regiões da cidade, o que melhora o planejamento do transporte coletivo.

 O pagamento eletrônico também virou praticamente uma regra em outros meios de transporte, como os táxis. Pagar a corrida por meio de aplicativos nos celulares tornou-se um hábito comum. Apenas o aplicativo 99 conecta mais de 300 mil motoristas e 14 milhões de passageiros, em cerca de 500 cidades brasileiras.

"A opção de poder pagar por meios eletrônicos faz parte de um processo intenso de desenvolvimento de tecnológico que busca aumentar a segurança nas corridas e trazer mais comodidade aos usuários", diz o porta-voz de pagamentos da 99, Raul Montenegro. Os passageiros podem escolher entre pagamento em dinheiro, maquininha ou cartão cadastrado no app.

Os motoristas têm opção de receber apenas pelos meios eletrônicos. "Eles (motoristas) escolhem a opção que mais contribui para a sua segurança. Além disso, através do aplicativo fica mais fácil controlar os gastos no dia-a-dia", diz Montenegro. Para os passageiros, além da comodidade de não ter de manipular dinheiro e esperar troco, há a vantagem dos descontos nas corridas oferecidos pelos aplicativos de viagens.

No futuro próximo, a ideia é que todos os meios utilizados nos deslocamentos - do ônibus à bicicleta alugada - sejam pagos apenas uma vez, do começo ao fim. O usuário vai possuir uma conta na nuvem e poderá calcular e pagar os custos por meio do smartphone ou sistemas de biometria.

"A pessoa não vai mais precisar andar com vários cartões, passagens etc. Tudo vai ser feito pela nuvem", diz Rafael Teles, diretor da Transdata, empresa de tecnologia em pagamento eletrônico no transporte de Campinas (SP), que desenvolve um projeto para integrar todos os modais em um único pagamento.

 

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