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19/10/2018 - Futuro da Mastercard é virar um marketplace de pagamentos

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GAZETA DO POVO 

Por: Naiady Piva
 

É difícil para o consumidor acompanhar todas as novidades no mundo dos pagamentos digitais. Todos os dias surgem fintechs, contas digitais e maquininhas que prometem ser a nova revolução financeira. Para a Mastercard, que está há cinco décadas neste mercado, a forma de sobreviver a tantos concorrentes é se aliar a eles. Um “marketplace de pagamentos”, é como a empresa se vê no futuro.

A tendência é que todas as empresas virem um pouco marketplace, avalia o Presidente da Mastercard para Brasil e Cone Sul, João Pedro Paro Neto. No caso da Mastercard, isto significa uma reformulação completa no tipo de serviço que a empresa oferece. O executivo falou sobre o assunto e conversou com a Gazeta do Povo durante o Ebanx Summit, evento que debateu o futuro das tecnologias financeiras, em Curitiba."

“Não somos mais uma empresa de cartão de crédito, mas um facilitador de pagamentos”, resume Paro Neto. O papel tradicional, de intermediar compras em cartões de crédito e débito, permanece. Mas a empresa passa a atuar em outras frentes, como no serviço público.

Um exemplo é o transporte público. A Mastercard integra o serviço de crédito aos cartões de ônibus em Santo André, na Grande São Paulo, e na rede metropolitana da Grande Curitiba, por exemplo. As ações são em parceria com outras empresas de cartão (a Super e a Acesso, respectivamente).

Lógica de marketplace: o “vendedor” é o poder público; o cliente, o usuário; os cartões são de um terceiro; e a bandeira de crédito, esta sim, é da Mastercard. A empresa deixa de ser a protagonista, na relação com o cliente, e passa a oferecer um pedaço da solução — em um esquema com outras partes."

O conceito foi popularizado no mundo do varejo. Empresas como Submarino e Casas Bahia, que antes vendiam seus próprios produtos, passaram a abrir suas plataformas para pequenos lojistas se cadastrarem para comercializar seus produtos por lá. Facilita a vida do consumidor, que encontra diferentes lojas em um único local. Como um grande shopping virtual.

Outras parcerias são para desenvolver o sistema de pagamento de empresas. No último ano, a Mastercard produziu soluções financeiras para o Ponto Frio e para um aplicativo do Mc Donalds, por exemplo.

 

Brasil

A Mastercard vê o Brasil hoje com o segundo maior ambiente de pagamentos do mundo (excetuando a China, onde o mercado é fechado). O país é o segundo mercado consumidor da empresa, atrás apenas dos Estados Unidos.

O mercado é gigante. E seu potencial de crescimento, ainda maior. Isto porque uma parcela importante das transações ainda ocorrem por fora do sistema financeiro, em dinheiro de papel impresso.

A empresa estima que apenas 32% das transações financeiras feitas atualmente no Brasil são eletrônicas. A previsão é chegar a 60% em 2022. Praticamente o dobro do ritmo atual, em um intervalo de apenas quatro anos."


Mudanças digitais

As mudanças na Mastercard são impulsionadas por um processo de transformação digital que atinge todas as empresas, em todas as áreas.

No mundo dos pagamentos surgem fintechs que permitem aos usuários fazerem transações livremente entre suas contas como a Opa Pagamentos e o Picpay. Contas digitais, como a do Nubank e a do Banco Inter, oferecem modos de pagamento com QR Code, numa promessa de facilitar a vida dos usuários.

Um exemplo curioso é o da China, onde o pagamento via QR Code é hoje mais popular do que o cartão de crédito. Ao invés de conta corrente, os chineses transferem dinheiro em suas contas do WeChat (versão asiática do WhatsApp).
 

Segurança

Além do trabalho em parcerias, o grande segredo para se manter relevante neste cenário é investir em segurança, na avaliação da Mastercard.

“Tudo em volta do pagamento envolve confiança. Quando o consumidor se sente desprotegido, fica inseguro de comprar”, avalia o presidente da Mastercard no Brasil, João Pedro Paro.

Dados da empresa indicam que dois terços dos brasileiros acreditam que não há muito o que ser feito para aumentar a segurança da internet. Metade se sente insegura em relação a suas informações pessoais e financeiras.

Para Pedro Paro, garantir que o usuário se sinta seguro no ambiente digital é ainda mais importante do que ofertar a tecnologia mais atraente. “Não importa se é NFC, QR Code, aplicativo. É tudo igual. Nós temos que ofertar a segurança necessária”."

 

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