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19/06/2018 - PagSeguro pode movimentar U$$ 1,2 bi em nova oferta de ações na Nyse

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Por: Vinícius Pinheiro e Nathália Larghi

Menos de seis meses depois de abrir capital na Bolsa de Nova York (Nyse), a credenciadora de cartões PagSeguro fará uma oferta subsequente de ações (“follow-on”). A oferta poderá movimentar até US$ 1,2 bilhão (ou R$ 4,6 bilhões), com base no preço por ação de US$ 32,10 da empresa negociado na bolsa nesta segunda-feira (18) e incluindo o exercício do lote extra. Procurada, a empresa não comentou o assunto.

A PagSeguro pretende emitir 11,5 milhões de novas ações classe “A” na operação. O UOL, controlador da companhia, venderá outros 21,45 milhões de papéis e poderá embolsar US$ 715 milhões na operação. Os bancos Goldman Sachs e Morgan Stanley, os mesmos da oferta inicial (IPO, na sigla em inglês) da empresa, também atuarão como coordenadores da nova emissão.

A credenciadora, que ganhou participação no mercado com a venda das maquininhas de cartão, estreou na bolsa de Nova York em janeiro deste ano, com uma oferta que movimentou US$ 2,265 bilhões. Os papéis da empresa foram vendidos à época ao preço de US$ 21,50 cada — acima da faixa indicativa, que ia de US$ 17,50 a US$ 20,50 por ação.

No dia da estreia, as ações subiram 35% e se mantiveram acima do patamar de US$ 30 mesmo com a desvalorização recente do real. O sucesso da operação levou outras empresas do ramo, como a Stone, a avaliar a abertura de capital na Nyse, segundo fontes de mercado.

No primeiro balanço divulgado pela PagSeguro como companhia aberta, no primeiro trimestre, o lucro registrado foi de R$ 148,5 milhões, alta de 144,9% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado foi atribuído ao aumento das transações processadas, venda de maquininhas e entrada de novos clientes. Pelo resultado ajustado (chamado de “non-gaap”), a credenciadora apurou um lucro líquido de R$ 223,9 milhões — alta de 255,5% na comparação anual.

A receita líquida total (que inclui atividades de transações e serviços relacionados) foi de R$ 928 milhões, alta de 106,9%. Já a venda de maquininhas, um dos principais negócios da PagSeguro, teve queda de 22% na comparação anual, saindo de R$ 166,2 milhões para R$ 129,7 milhões. A companhia justificou o recuo pelo “diferente mix de terminais vendidos na comparação com o primeiro trimestre de 2017”, quando foi lançada a “Minizinha”, maquininha de cartões compacta que opera com taxas mais baixas.

 

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