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14/03/2017 - Smartphones e pulseiras no lugar do cartão

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Por Katia Simões | De São Paulo | Valor Econômico

Programar a lista de compras do supermercado, selecionar os produtos e efetuar o pagamento com um simples toque na geladeira, sem sair de casa ou passar o cartão. O processo é fruto da integração entre linha de refrigeradores The Family Hub e o aplicativo Groceries, da Mastercard.

A novidade ainda é exclusiva do mercado americano, mas deve expandir suas fronteiras em pouco tempo. No mesmo modelo funcionam anéis, pulseiras, relógios, automóveis, televisores, eletroeletrônicos e até roupas. Estimativas da Cisco apontam que até 2020 a internet das coisas permitirá a conexão de mais de 50 bilhões de dispositivos em todo o mundo, mudando o jeito como as pessoas se relacionam e fazem pagamentos.

O que parecia distante já começa a fazer parte da rotina dos brasileiros. A Valid, empresa de prestação de serviços para setores de identificação, mobile e financeiro, em parceria com a RioCard, desenvolveu um projeto piloto de implantação de adesivos que podem ser colocados em smartphones para pagamento de passagens no transporte público carioca. Basta aproximar o colante do leitor. Os celulares, aliás, serão, na visão de Roberto Matsubayashi, diretor técnico da Associação Brasileira de Automação GS1, um dos principais responsáveis pela massificação da nova forma de pagamento.

Até 2019, estima-se que 75% dos smartphones disponíveis no mercado estarão aptos a fazer pagamentos por aproximação. "No momento, apenas os aparelhos top de linha, de marcas como Samsung e Apple, por exemplo, estão habilitados para a função", diz Matsubayashi. "A velocidade de implantação dependerá, porém, do nível de segurança do consumidor em relação à operação."

Disposta a acelerar esse processo, a Samsung lançou, em 2016, o Samsung Pay, serviço de pagamentos móveis de fácil utilização por smartphones. O sistema permite o pagamento de cartões de débito e crédito com a adoção das tecnologias Magnetic Secure Transmission (MST) e Near Field Communication (NFC). "O sistema, compatível com a maioria dos terminais POS disponíveis no país, usa codificação e autenticação dupla para proteger informações dos cartões", diz André Varga, diretor da Divisão de Dispositivos Móveis da Samsung.

"Temos um dos maiores mercados do mundo para pagamentos digitais", garante Eduardo Neubern, diretor de produtos e fidelidade da Mastercard Brasil. "Não vejo entraves para a massificação."

Para Orlando Purim Júnior, sócio da Atar, a maior barreira está no desconhecimento logístico para operação. A Atar, de Santa Catarina, criou a Atarband, pulseira à prova d'água, que dispensa baterias, e faz pagamentos por NFC. "Foi a maior pré-venda de um produto de tecnologia nacional", diz o empresário. De maio de 2016 até agora foram comercializadas mil unidades, por R$ 250,00 cada.

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