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05/12/2016 - Carteira eletrônica migra agora para dispositivo móvel

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Por Ana Luiza Mahlmeister | São Paulo | Valor Econômico

Sistemas conectados de pagamentos para descomplicar a vida de quem vende ou compra produtos de forma que a experiência seja lembrada como algo simples e agradável é um importante diferencial competitivo. As carteiras eletrônicas, como o PayPal, PagSeguro e Mercado Pago ganharam a adesão dos consumidores e agora migram para dispositivos móveis.

No ano passado, o PayPal processou 4 bilhões de pagamentos, sendo 1 bilhão por meio de dispositivos móveis. Enquanto o "e-commerce" tradicional no Brasil cresce a uma taxa de 29% ao ano, devendo movimentar R$ 121,2 bilhões até o final de 2016, as vendas por meio de dispositivos móveis devem movimentar R$ 27,4 bilhões, mas com ritmo de crescimento três vezes maior, segundo o e-bit.

Pesquisa do Ipsos/PayPal realizada em outubro de 2016 aponta que 18% do total gasto on-line por consumidores brasileiros se deu via smartphone nos últimos doze meses. "As 'e-wallets', ou carteiras móveis, devem substituir o uso de dinheiro em espécie e até dos cartões de plástico em pouco tempo", prevê Paula Paschoal, diretora comercial do PayPal Brasil.

As carteiras eletrônicas incentivam comerciantes tradicionais a aderirem ao pagamento móvel ao mesmo tempo em que contribui para uma experiência de compra on-line mais segura aos consumidores. Nessa linha, o PayPal lançou a solução On Touch para facilitar a operação de compra em celulares que permite comprar on-line sem ter de redigitar o nome do usuário e senha a cada transação.

Outra tendência que difundiu as carteiras eletrônicas foi a possibilidade de integrar aplicativos por meio de interfaces abertas, trazendo novas possibilidades de parcerias e o processamento de transações com sistemas multibandeiras. Para o varejista, isso significa mais eficiências e novas chances de fidelização pois quanto mais formas de pagamento forem aceitas em sua loja, física ou virtual, menor o risco de perder um cliente porque a bandeira de seu cartão foi negada.

Um aplicativo do PayPal criado para o  Shopping Iguatemi, em São Paulo, por exemplo, permite aos clientes pagarem o estacionamento diretamente no smartphone, sem precisar enfrentar filas nos guichês. Também é possível pagar no celular o Uber e 99 Taxi. Outra frente são as pequenas e médias empresas. "Ao aderirem a meios de pagamento aceitos mundialmente, como o PayPal que opera em 200 países, ganham alcance global aos seus produtos", afirma Paula.

No Mercado Pago, meio de pagamento oficial do marketplace do Mercado Livre, toda a tecnologia é pensada em primeiro lugar para atender o cliente do smartphone. O sistema tem avançado para outras plataformas por meio da instalação de um kit de desenvolvimento de software que permite uma interface com outros meios de pagamento. "Os internautas que compram passagens de ônibus no aplicativo da ClickBus ou ingressos pelo celular pela Bilheteria Digital realizam seus pagamentos por meio dessa tecnologia", explica Marcelo Coelho, vice-presidente do Mercado Pago.

Se antecipando à demanda do mundo móvel, o Mercado Pago lançou o Point H que transforma o celular em um ponto de venda que usa rede celular e wi-fi. Permite o controle de vendas por meio do aplicativo móvel Mercado Pago Point baixado gratuitamente em celulares ou tablets com sistema operacional Android ou Apple. O sistema atende à tendência "omnichannel" que integra ponto físico e virtual, voltado para o lojista que atua no e-commerce, mas realiza ações presenciais ou possui uma loja física complementar à sua operação on-line.

O carro-chefe do Mercado Pago, segundo Coelho, é o chamado checkout transparente onde todas as etapas de finalização da compra acontecem no próprio site de comércio eletrônico, sem que o cliente tenha que ser direcionado a outros endereços para finalizar o pagamento. Os lojistas também contam com a opção de leitores de cartão POS H e Point I, POS que aceitam as principais bandeiras do mercado, sem custo do aluguel.

O PagSeguro, do grupo UOL, tem como diferencial oferecer 30 formas de pagamento por meio de transações via cartões de crédito, débito e transferências bancárias, e já contabiliza 20% das transações por meio do celular. De acordo com Juan Fuentes, diretor geral do PagSeguro, a oferta de aplicativos gratuitos para gestão do negócio dos lojistas integrado ao sistema de pagamento é um importante incentivo para a adesão do lojista, além da possibilidade de aceitação de pagamento por meio de boleto bancário. Nos casos de débito, são cobrados 2,29% por transação e a retirada para a conta bancária do vendedor pode ser feita a partir de um dia útil. Para pagamentos em crédito, o valor é de 3,49% por transação e o vendedor recebe à vista em 14 dias, sem custo de aluguel.

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