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28/07/2015 - Projeção aponta lucro da Cielo 12% maior

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Por Aline Oyamada | De São Paulo | Valor Econômico

A Cielo deve ter conseguido driblar a desaceleração nas compras com cartões e registrado lucro líquido de R$ 894 milhões no segundo trimestre, cifra 12,2% maior que a do mesmo período do ano passado, de acordo com a média das projeções de oito bancos compiladas pelo Valor.

A expectativa dos analistas é que o resultado da credenciadora de cartões, que será divulgado amanhã após o fechamento do mercado, mostre forte receita com aluguel de máquinas e antecipação de recebíveis. Essas duas fontes de renda podem ajudar a compensar a desaceleração no volume de compras com cartões de crédito e débito, que, segundo as projeções de sete bancos, devem ter crescido 3,9% no segundo trimestre na comparação anual. Nos primeiros três meses do ano, houve expansão de 5,8% nesse mesmo tipo de comparação, para R$ 126,5 bilhões.

"O cenário macroeconômico está tão complicado que impacta o consumo e a vontade das pessoas de usar o cartão de crédito", diz Frederic de Mariz, analista de instituições financeiras do UBS.

Apesar dessa desaceleração, analistas acreditam que a Cielo colherá bons resultados com aluguel de máquinas (POS). Mariz afirma que a base instalada de máquinas está se expandindo - cresceu 8,3% no primeiro trimestre -, assim como a parcela de equipamentos sem fio, cujo aluguel é mais caro. Ao fim de março, 63,5% das máquinas instaladas eram sem fio, ante 62,6% no trimestre anterior. "POS está super forte", diz o analista.

Outra fonte de receita da Cielo que pode surpreender é a área de operações de antecipação de recebíveis, em que a credenciadora adianta o pagamento das faturas de cartões ao lojista. Com os bancos mais cautelosos e diminuindo o crédito às pequenas e médias empresas, este é um bom momento para esse produto, que se aproxima de uma operação bancária. Analistas do J.P. Morgan projetam que o pagamento antecipado de fatura tenha somado 18,5% do volume total capturado pelas máquinas da Cielo, um pouco abaixo do recorde de 19,6% registrado no primeiro trimestre.

Analistas chamam atenção para o fato de o segundo trimestre ter sido o primeiro a incorporar, integralmente, os impactos da joint-venture entre Cielo e Banco do Brasil, a Cateno. Como o balanço do primeiro trimestre foi afetado pela parceria apenas a partir do fim de fevereiro, quando os trâmites foram concluídos, as comparações temporais dos resultados podem ficar um pouco comprometidas.

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