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01/04/2015 - Cielo avança em abertura de mercado

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Por Felipe Marques | De São Paulo | Valor Econômico

A Cielo divulgou ontem detalhes sobre o cronograma para o fim das reservas de mercado no setor de cartões. A companhia espera que até novembro todas as credenciadoras possam capturar todas as bandeiras, usando um modelo conhecido como VAN ("value added network", em inglês).

Nesse modelo, a credenciadora tem menos capacidade de determinar preços e é remunerada por uma taxa fixa, de centavos por transação, na captura da compra. "A disponibilidade da captura via VAN para todas as credenciadoras e lojistas estará pronta até novembro", afirmou o presidente da companhia, Rômulo de Mello Dias, em reunião com investidores.

Atualmente, a Cielo é a única a capturar cartões com bandeira Elo e American Express e os vales alimentação e refeição da Alelo. A rival Rede (ex-Redecard) tem a exclusividade sobre cartões Hiper e Hipercard e os vouchers da Ticket.

Em paralelo, a Cielo vai começar, também em novembro, a testar a captura de transações em um outro modelo, o de captura plena ("full acquirer", em inglês). Nesse modelo, que é o aplicado às bandeiras Visa e MasterCard, quem captura a transação é remunerado por um percentual da compra e tem mais flexibilidade para determinar esse desconto. A visão do Banco Central (BC), que regula o setor, é que esse é um modelo que fomenta mais a concorrência.

"O 'full acquirer' ficará pronto para testes em novembro. Depois disso, faremos a homologação e a expansão desse modelo", disse.

Dias também notou que a desaceleração da economia neste ano está se mostrando mais significativa que o previsto e espera que isso impacte o crescimento da companhia. "A economia vem desacelerando em um ritmo maior do que havíamos previsto e, no que se refere aos pagamentos eletrônicos, isso afeta a indústria", afirmou.

Segundo Clovis Poggeti Junior, vice-presidente de finanças da Cielo, embora tenha havido uma desaceleração da economia, a companhia mantém a projeção de crescimento de volume financeiro de transações, dada no começo do ano, entre 11% e 13%. "Mantemos essa projeção, mas hoje estamos mais para a parte inferior", disse.

Poggeti também detalhou a estrutura de custos da joint venture constituída por Cielo e Banco do Brasil, a Token, que teve gastos na casa de R$ 1,251 bilhão em 2014. Dessa cifra, 40% refere-se ao pagamento de tarifas às bandeiras de cartão. O restante são despesas tecnológicas da operação, gastos com folha de pagamento entre outros.

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