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18/02/2022 - Cielo vende Merchant E-Solutions por até US$ 290 milhões; ações disparam

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Por Eulina Oliveira e Matheus Prado | Valor Econômico

A Cielo informou que sua subsidiária integral Cielo USA Inc. celebrou nesta quinta-feira (17) contrato para a venda da totalidade das ações da Merchant E-Solutions Inc. para Sam I Acquisition Corp., uma subsidiária da Integrum Holdings L.P.. Segundo o fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o valor total da transação é de até US$ 290 milhões (cerca de R$ 1,5 bilhão).

As ações da credenciadora abriram o pregão desta sexta-feira em forte alta e lideram os ganhos do Ibovespa. Perto das 12h20, os papéis ON avançavam 12,70%, a R$ 2,84. O principal índice da B3 caía 0,01%, aos 113.518 pontos.

Do valor total previsto, US$ 140 milhões referem-se a uma parcela fixa a ser paga na data de fechamento e até US$ 150 milhões referem-se a uma parcela variável, “cuja apuração e efetiva realização estão sujeitos à verificação futura de determinadas premissas acordadas entre as partes”.

Ainda conforme o documento da credenciadora, “a transação faz parte da estratégia de crescente concentração da Cielo em seu ‘core-business’ no Brasil, em linha com outros desinvestimentos (Orizon, Plataforma Elo, Bitz e Multidisplay/M4U) concluídos ao longo de 2021”.

A Cielo afirma também que os termos e condições da operação foram aprovados pelo conselho de administração da companhia, e sua conclusão está sujeita ao cumprimento de determinadas condições precedentes usuais a este tipo de negócio.

A compra da Merchant E-Solutions, companhia americana provedora de soluções para pagamentos, pela Cielo ocorreu 2012. O valor total do negócio, à época do seu anúncio, foi de US$ 670 milhões.

Para analistas do Citi, a decisão está alinhada com a estratégia da empresa de focar em seu core business no Brasil. "Acreditamos que o mercado reagirá positivamente à notícia, apesar de ser menos da metade dos US$ 670 milhões pagos em 2012. A Merchant-E gerou menos de US$ 2 milhões em lucro líquido em 2021, após anos de grandes perdas. Além disso, a Cielo USA (holding que a detém, os intangíveis gerados com sua compra e a dívida emitida para comprá-la) teve um prejuízo líquido de US$ 30 milhões no ano passado – que deve ser extinto após o fechamento do negócio", afirmam.

O banco americano tem recomendação neutra para o papel.

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