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24/05/2021 - Stone fará investimento de R$ 2,5 bilhões no Inter e banco vai se listar na Nasdaq

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Por Álvaro Campos | Valor Econômico

O Banco Inter anunciou que fará uma oferta subsequente de ações (follow-on) que terá a Stone como investidor âncora. A credenciadora investirá até R$ 2,5 bilhões no banco e terá uma fatia de 4,99%, além de poder indicar um membro para o conselho de administração. Separadamente, o Inter também informou que vai listar uma nova holding na Nasdaq e, assim, passará a ter apenas BDRs no Brasil.

O investimento da Stone no Inter terá como base um preço fixo de R$ 57,84 por unit.

No âmbito do acordo de investimento, o acionista controlador do Inter, Rubens Menin Teixeira de Souza, concordou em ceder à Stone seu direito de prioridade no follow-on. Além disso, quando a oferta for fechada será assinado um acordo de acionistas estabelecendo que Menin outorgará, em favor da Stone, o direito de preferência à aquisição de ações, em determinadas transferências de ações do Inter, exercível em caso de alienação do controle do banco, durante o prazo de seis anos, desde que eventual oferta de terceiro considere um prêmio sobre o valor de cotação das ações do Inter inferior a certos patamares previstos.

Além da participação acionária, Inter e Stone envidarão seus melhores esforços para iniciar uma discussão a fim de explorar oportunidades de negócio que possam potencializar a força de ambas companhias para a criação de um ecossistema que conecta compradores a vendedores, que serão beneficiados com os melhores produtos financeiros e um grande canal de vendas.

Segundo o Inter, exemplos de oportunidades que podem ser estudadas a fim de criar esse valor mútuo incluem:

- Conectar os clientes da Stone ao Inter Shop, promovendo a digitalização desta base de clientes, e proporcionando uma experiência mais completa e uma jornada omnicanal para os clientes Inter;

- Digitalizar a experiência de pagamentos entre clientes Inter e varejistas Stone, tanto online quanto offline;

- Explorar oportunidades de cross-selling de produtos, tais como crédito e meios de pagamento, que enriqueçam a experiência e proposta de valor para clientes de ambas companhias;

- Alavancar a força do funding do Inter para maior eficiência nas ofertas de capital de giro da Stone, além de oferecer aos clientes do Inter outras oportunidades de investimento em renda fixa, por meio de cotas de FIDCs.

No âmbito do acordo, o Inter está convocando assembleia geral extraordinária para 24 de junho para aumentar o limite de capital autorizado para R$ 12 bilhões.

Sobre a listagem da Nasdaq, em aviso separado o Inter disse que está está próximo de conclusão um estudo visando a implementação de uma reorganização societária com vistas à migração de sua base acionária para a Inter Platform, que será constituída de acordo com as leis da jurisdição de Cayman.

Essas ações terão como lastro BDRs listados na B3, “com o objetivo de oferecer a toda sua base de acionistas a possibilidade de continuar a participar na evolução da história do Inter”.

O Inter diz que evoluiu o seu modelo de negócios de um banco digital para um ecossistema com cinco “avenidas” de negócios (Day-to-Day Banking, Investimentos, Seguros, Shopping e Crédito), que se complementam e se retroalimentam e, por meio desta plataforma, o Inter pretende ter alcance global e conectar todas as empresas do seu grupo econômico.

“A expansão do Inter para o mercado internacional permitirá a ampliação contínua da sua base de clientes e consolidará o seu posicionamento como plataforma digital de serviços financeiros e não financeiros”.

O Inter diz que com a listagem na Nasdaq terá um fortalecimento da posição como uma companhia global de tecnologia no setor financeiro; aumento na base e diversificação de investidores, clientes, serviços e produtos; maior facilidade na comparação com outras instituições financeiras digitas e plataformas de e-commerce listadas naquele mercado; e permissão de emissão de ações com voto plural, com o objetivo de permitir futuros aumentos da base de capital que serão necessários para o crescimento e assegurar a obrigação regulatória de controle definido no Inter.

Os acionistas atuais do Inter poderão migrar para ações classe A da Inter Plataform ou BDRs dela; ou ainda receber em dinheiro por suas ações. Nesse segundo caso, o valor será determinado por um laudo de avaliação.

Além de ações classe A, a Inter Plataform terá ações classe B, que conferirão voto plural.

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