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21/01/2021 - Pagamento feito por aproximação ganha espaço

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Por Valor Econômico | Fernanda Bompan
 
 
Os pagamentos por aproximação tiveram expressivo crescimento no ano passado no Brasil, em meio à pandemia de covid-19. A tecnologia, que permite pagamentos sem a necessidade de dinheiro ou de ter que inserir um cartão na maquininha, tende a seguir ganhando espaço, já que sua fatia no sistema de pagamentos ainda é muito pequena.
 
A Visa, por exemplo, viu um aumento de cinco vezes nas operações utilizando o sistema em dezembro, comparado ao mesmo mês de 2019, segundo dados antecipados ao Valor.
 
Marcos Marins, diretor-executivo da Visa do Brasil, explica que a popularização da tecnologia foi acelerada pela pandemia, mas já havia um movimento intenso de toda a indústria, com destaque para cartões com a tecnologia NFC (“near field communication”), de transações sem contato, além da chegada da inovação nos transportes públicos do Rio de Janeiro e de São Paulo.
 
Ana Paula Lapa, vice-presidente de produtos e inovação da Mastercard Brasil, confirma o movimento. Segundo a empresa, no acumulado de 2020 esse tipo de pagamento cresceu 298% em relação ao ano anterior, somando 330 milhões de transações.
 
Segundo dados mais recentes da Abecs, no acumulado de janeiro a setembro os pagamentos por meios digitais chegaram a R$ 1,38 trilhão. Transações por aproximação representam pouco mais de 1% (R$ 22,7 bilhões) desse montante. Contudo, esse tipo de pagamento “contactless” (sem contato) aumentou 478% em relação a igual período de 2019. Somente no terceiro trimestre de 2020, comparado a igual intervalo do ano anterior, a modalidade cresceu 622,5% com movimento R$ 14,4 bilhões.
 
Com o potencial que esse mercado representa, Visa, Mastercard e a provedora de soluções de pagamentos e serviços financeiros Fiserv iniciaram nesta semana o projeto-piloto de uma nova tecnologia de pagamento por aproximação via celular e tablets.
 
Ana Carolina Pavoni, diretora de produtos da Fiserv no Brasil, explica que a inovação permite aos estabelecimentos comerciais usarem o próprio celular como se fosse uma maquininha de cartão, através do aplicativo Fiserv. O aplicativo possibilita ao comerciante o recebimento de pagamentos por aproximação, aceitando transações de crédito e débito Mastercard e Visa, por meio de cartões ou dispositivos como celulares e relógios que estejam habilitados com a tecnologia NFC.
 
O aplicativo possibilita também o acesso aos comprovantes de transações e envio por SMS, e-mail ou via outros “apps”. Ao final do dia, o estabelecimento poderá acessar um relatório de suas vendas. Permite, ainda, o estorno de vendas quando necessário.
 
Ana Paula, da Mastercard, disse que iniciativa similar pode ser encontrada em 17 mercados globais, incluindo a região da América Latina e Caribe. “Na Costa Rica, por exemplo, temos observado que comerciantes de diversos setores estão adotando rapidamente a tecnologia que permite aceitação de cartões com a tecnologia por aproximação por meio de celulares. No Brasil, a expansão dos pagamentos por aproximação, que vem conquistando a preferência do consumidor, impulsiona o sucesso de soluções como esta”, afirma a executiva.
 
“Temos buscado democratizar o acesso aos meios digitais de pagamento em prol da indústria e da inclusão digital dos brasileiros. Essa é uma solução inovadora que vai facilitar bastante as vendas e o gerenciamento de caixa de pequenos e médios empreendedores”, completa Marins.
 
Neste momento, a nova tecnologia encontra-se em funcionamento no Brasil em fase piloto com 500 estabelecimentos convidados, disponível aos adquirentes que utilizam os serviços de processamento e credenciamento da Fiserv.
 

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