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07/12/2020 - Grupo paranaense Senff recebe licença de banco e quer expandir operações

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Por Valor Econômico | Álvaro Campos
 
 
A história da família alemã Senff em Curitiba (PR) começa em 1892, quando o patriarca veio para o Brasil e abriu uma loja de secos e molhados. O negócio cresceu, virou a rede de supermercados Parati e foi vendido ao Pão de Açúcar em 2000. A área de cartões private label do mercado, no entanto, acabou ficando com os Senff, se tornou uma financeira em 2010 e agora recebeu uma licença de banco múltiplo do Banco Central.
 
Ao longo da sua história, a Senff emitiu quase 3 milhões de cartões e atualmente tem 1 milhão de plásticos ativos. O grupo tem uma operação totalmente verticalizada e, além da financeira, já contava com uma emissora e bandeira de cartões, além de credenciadora.
 
A Senff tem uma carteira de cerca de R$ 140 milhões, composta basicamente de cartão de crédito e consignado. O objetivo em 2021 é levar os 1 milhão de clientes do cartão a abrir uma conta digital no banco, que será gratuita. A oferta deve contar ainda com crédito pessoal e financiamento automotivo. No segmento corporativo, o foco são varejistas, especialmente do setor supermercadista, no qual a família tem experiência.
 
O presidente do grupo, Leopoldo de Paula Senff, afirma que o diferencial da Senff é o atendimento ao cliente — feito todo dentro de casa e com call center próprio — e a experiência no setor varejista. A sede da companhia fica em um prédio próprio, no bairro Cristo Rei, e está sendo reformada. Atualmente, o grupo conta com 890 funcionários.
 
 
Leopoldo de Paula Senff, presidente do Banco Senff — Foto: Divulgação
 
 
“Na prática, nossas agências são as mais de 4 mil lojas que emitem nossos cartões. Temos também nosso aplicativo de celular, que já teve 1 milhão de downloads, e ainda este mês devemos aderir ao Pix [sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central]”, diz. Ele não abre números de faturamento, mas diz que nos últimos dez anos o grupo cresceu a um ritmo de 30% ao ano. Em 2020, com a pandemia, isso deve desacelerar para a faixa entre 5% e 10%.
 
Desde a criação a Senff sempre cresceu com capital próprio e a família fundadora é a única acionista. O presidente diz que por enquanto não há planos de ir a mercado, mas não descarta um eventual IPO no médio prazo. “Ano que vem, depois que colocarmos o banco de pé, vamos começar a avaliar isso. Nosso estilo não é fazer nada de maneira afobada”, diz. A gestão vem sendo profissionalizada nos últimos anos e agora com a licença bancária a governança está sendo aprimorada, inclusive com o fortalecimento do conselho de administração.
 

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