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02/10/2020 - Transferência de dinheiro para outros países por app está para sair

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Por Valor Econômico | Suzana Liskauskas
 
 
Realizar uma transferência bancária entre pessoas em países distintos em menos de dez segundos por um aplicativo de mensagem, sem a necessidade de preencher formulário ou usar o Sociedade para Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais (Swift), está prestes a virar realidade para os clientes do Zro Bank, banco digital com chat integrado da rede Telegram lançado em setembro. Edisio Pereira Neto, CEO do Zro Bank, diz que o novo serviço deverá entrar em operação no primeiro trimestre de 2021.
 
“Estamos finalizando a integração com um banco nos Estados Unidos e outro na Alemanha. Nossos clientes terão acesso a uma conta internacional integrada na plataforma e poderão fazer transferências instantâneas pelo Telegram para clientes Zro Bank em qualquer parte do mundo.” Tudo em segundos, sem precisar preencher formulários para envio de dinheiro a contas no exterior.
 
Segundo Neto, o uso do aplicativo de mensagens descomplica a transação financeira a exemplo do que ocorre hoje com o chinês WeChat. Neto quer estimular a criação de grupos no Telegram para planejamento financeiro. Hoje, os clientes do Zro Bank no Brasil já podem fazer transferências entre contas pelo chat do Telegram em três segundos.
 
Na esteira da inclusão digital, o Conta Zap oferece serviços financeiros a clientes que não têm condições de manter um celular com recursos de memória e banda larga. Em atividade desde outubro de 2019, a fintech usa chatbots no WhatsApp e no Messenger, do Facebook, para integrar uma camada de brasileiros à margem do sistema bancário. Roberto Marinho Filho, CEO da Conta Zap, costuma denominar o serviço de “superbot” e anuncia que seu time de engenharia está trabalhando para estender o serviço a outros aplicativos como o Telegram e o Tik Tok, no primeiro semestre de 2021. “Temos mais de 500 mil interações dos clientes diárias pelo WhatsApp.”
 
Enquanto as fintechs investem tecnologia para desburocratizar o acesso a serviços financeiros, e o Banco Central avança como Pix, o WhatsApp Pay, ainda em fase de testes, parece ir na contramão. Patricia Peck, PhD e head de direito digital do PG Advogados, afirma que o WhatsApp Pay funciona como um arranjo de pagamento fechado, restrito a alguns participantes (Facebook, Cielo, Banco do Brasi l, NuBank e Sicredi).
 
“No WhatsApp Pay, é preciso fornecer um cartão de crédito ou débito para realizar a transferência. A liquidação da transação não é instantânea para o lojista: se for débito, ocorre no dia seguinte; ser for crédito, em até dois dias. No caso do Pix, tudo ocorre de modo instantâneo. O BC também está estudando a integração internacional do Pix, permitindo pagamentos instantâneos do Brasil para pessoas no exterior e realizar pagamentos em viagens fora do país.”.
 
Por meio de nota, o WhatsApp informou que “por quase dois anos, o WhatsApp trabalhou para fornecer uma funcionalidade de pagamentos inovadora no Brasil, em conjunto com parceiros financeiros locais que demonstraram um histórico de cumprimento dos padrões estabelecidos pelo Banco Central do Brasil.”

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