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02/10/2020 - Pix vai evitar corte de fornecimento de luz

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Por Valor Econômico | Luciana Del Caro

 

Na iminência da entrada de operação do Pix, muitas empresas estão se adaptando para estender essa opção de pagamento aos seus clientes. A expectativa é a de que o novo protocolo de pagamento reduza custos, aumente a eficiência das companhias e, também, as expectativas dos clientes.
 
Dentre as empresas que estão correndo para implementar o Pix está a EDP Brasil. “Estamos colocando muita energia no projeto do Pix e o privilegiamos em relação a outros projetos internos, como o pagamento de contas em atraso por meio do cartão de crédito”, afirma Eduardo Masson, diretor financeiro. A distribuidora de energia trabalha para aceitar pagamentos das contas por meio do Pix até o fim do ano. “Nossa preocupação é oferecer a maior gama de canais de pagamento para o cliente.”
 
O executivo explica que a grande mudança que o Pix traz, para a empresa, diz respeito à baixa dos pagamentos feitos pelos consumidores, que se tornará mais ágil. Atualmente, dependendo do canal usado pelo cliente, são necessários dois dias para que ele seja considerado adimplente (caso das lotéricas). Cerca de 25% dos 3 milhões de clientes da EDP pagam as contas em lotéricas.
 
A EDP arrecada via boleto bancário ou por convênios com os bancos - e o custo de receber pelo Pix deve ser bastante inferior ao dos convênios. O diretor diz que ainda é cedo para precisar, mas considera factível uma redução dos custos de arrecadação da ordem de 30% a 40%. Os convênios devem ser mantidos para dar opções aos clientes, mas ele acredita que a importância dos mesmos se reduzirá à medida que o Pix se torne mais usado.
 
Já a Sabesp trabalha para aceitar o pagamento via Pix até o fim do primeiro semestre de 2021, informa Samanta Tavares de Souza, diretora comercial e de relacionamento com o cliente. A empresa aceita pagamento de contas via débito automático, boleto, está implementando o pagamento via cartão de crédito nas agências e, há quatro meses, também recebe via carteiras digitais. O Pix deverá ser incorporado a essas carteiras.
 
“O Pix chegou na hora certa, pois estamos promovendo uma virada no modelo de atendimento aos clientes.” Dentre as melhorias em curso, estão transformações nas agências, atendimento por vídeo, por aplicativo e via VOIP e monitoramento por GPS dos trabalhos de campo. O Pix virá após a implantação de todas essas funcionalidades, e ela diz que ele trará agilidade. Hoje, se o cliente recebe um comunicado avisando-o do corte de água e paga a conta na hora, mesmo assim pode ter o serviço interrompido porque o dinheiro demora dois dias para entrar na conta da empresa. Com o Pix, essa situação será evitada, afirma.
 
Uma das mudanças esperadas é no relacionamento com o consumidor, que tende a ficar mais exigente: “As empresas vão ter que se preparar para um cenário em que tudo ocorre de forma imediata”, diz Manoel Bueno e Silva, líder do laboratório de inovação da Capco. Por enquanto, a prioridade tem sido a de promover ajustes para aceitar o novo meio de pagamento para melhorar a experiência do cliente. Mas outras devem vir: “As empresas ainda estão tentando entender como podem criar valor a partir do Pix”, diz Letícia Murakawa, diretora geral da Capco.
 

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