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10/09/2020 - Quer pagar no débito ou com PIX? Saiba como vai funcionar o novo sistema de pagamentos

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Por 6 MINUTOS | Fabiana Futema

 

Você com certeza já ouviu falar em PIX. Mas será que sabe o que essa palavra significa? PIX é o nome do novo sistema brasileiro de pagamentos instantâneos, que começa a funcionar em 16 de novembro no país, segundo cronograma do Banco Central.

Para que servirá o PIX? Para fazer transferências de dinheiro, pagamentos em lojas físicas e compras pela internet. A plataforma também será utilizada para pagamentos de cobranças que hoje são feitas por boletos.

Qual a diferença do PIX para o que já temos hoje? Como o nome já diz, a principal diferença será o tempo que o dinheiro leva para sair da conta do pagador e chegar na do recebedor. Será instantâneo, questão de segundos. Hoje, um DOC pode levar até dois dias úteis para cair na conta do recebedor se for feito fora do horário comercial.

Outra diferença é que transações com PIX não terão limitação de dia e horário para serem realizadas: estarão disponíveis 24 horas por dia, sete dias por semana, inclusive fins de semana e feriados. Transferências por TED e DOC não caem nos fins de semana e feriados.

Mas o grande atrativo do PIX é a vantagem financeira, pois é isso que faz as pessoas trocarem um meio de pagamento por outro. Não haverá tarifa para pagadores. E a taxa será mínima para recebedores. Hoje, os bancos cobram cerca de R$ 10 para realizar transferências por TED e DOC, dependendo do pacote de tarifa do cliente.

Mas como é que utilizo o PIX? A primeira coisa a fazer para poder utilizar o PIX é cadastrar as chaves de identificação na instituição financeira que pretende utilizar para fazer essas transações. Esse cadastramento só começa a ser feito em 5 de outubro, mas já tem banco realizando o pré-cadastro.

As chaves são as formas de identificação bancária da pessoa, como endereço de e-mail, número de CPF/CNPJ e de telefone.

Como vai ser isso na prática? Em tese, a única coisa que a pessoa precisará ter é o app do banco instalado em seu celular.

“Quero transferir R$ 10. Entro no app do banco, clico em transferir via PIX. Se a pessoa estiver na minha agenda, transfiro pelo número do telefone. Se o recebedor não estiver cadastrado no PIX, receberei uma mensagem informando isso e aí terei de fazer uma transferência via DOC ou TED”, exemplifica Max Gutierrez, head de produto e pessoa física do C6 Bank.

Ao fazer pagamentos em uma loja, o caixa perguntará para o cliente se ele quer pagar no débito, no crédito pelo PIX. Se escolher o PIX, o processo será muito fácil. Basta ler o QR Code (também chamado de BR Code) do estabelecimento. “Chego na padaria, por exemplo, abro meu app e scaneio o QR Code. Esse código pode estar impresso no balcão ou na maquininha”, conta Gutierrez.

Segundo ele, a maior vantagem do PIX será a possibilidade de fazer compras online. “Hoje, quem não tem cartão de crédito só consegue comprar no e-commerce com boleto, que é um negócio muito ruim tanto para o cliente quanto para o vendedor.”

Mas como scanear o QR Code se estiver comprando com o celular? O CEO da Matera, Carlos Netto, diz que ao escolher pagamento com PIX, o código daquele e-commerce aparecerá no app do seu banco. Será necessário apenas confirmar ou não o pagamento.

Todo mundo vai aceitar PIX a partir de novembro? Para Gutierrez, do C6 Bank, tudo depende das taxas que as empresas de maquininha vão cobrar do comércio. Se as taxas forem parecidas, o lojista não verá muita vantagem em trocar o PIX em vez do cartão de débito, meio que está mais acostumado a usar.

“Depende de como vai ser a aceitação do lojista, do interesse dos adquirentes e da experiência que vai ser dada ao usuário. Se ele estiver no supermercado e encontrar dificuldade para usar, a experiência será ruim”, afirma Gutierrez.

 

 

 

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